A morte
de quatro homens foram em Feira de Santana, Bahia, esta gerando revolta entre
os evangélicos do Estado. Na quinta (17), mais de 10 policiais militares e
civis, da Delegacia de Repressão a Roubos de Cargas (Decarga), trocaram tiros
com quatro pessoas que estavam em dois carros na BR 324.
“Eles
roubavam os carros em Salvador e ‘esquentava’ (adulterava) em Feira, para
revendê-los”, disse o delegado Ricardo Brito.
Entre os
mortos, dois eram evangélicos, Gilmário Sales Lima, 24, mais conhecido como Pastor
Mário Sales e o cantor gospel Jeissivan Cristiano Dias Brito, 26. Morreram
também Enderson Almeida Souza Matos, 23, o “Rabicó” e Fábio de Almeida Silva,
24.
O
delgado Brito disse ainda que os evangélicos envolvidos eram considerados “tiro
surdo”, termo policial para quem comete delitos, mas não tem ficha criminal.
Apesar
das informações divulgadas pela polícia e imprensa, os amigos e familiares de
Mario Sales e Jeissivan afirmam que os dois estavam voltando de um culto na
Assembleia de Deus Cristianismo Sem Fronteiras. Na rodovia, foram abordados por
bandidos. Com a chegada da polícia, foram tomados como reféns e foram mortos
durando o fogo cruzado.
Ainda
segundo a polícia, os homens estavam em dois veículos, um Peugeot vermelho, e
um Punto branco. “Eles iniciaram a troca de tiros. Não foi intenção da polícia
feri-los, mas eles tiveram que salvar suas vidas e revidaram os disparos”,
disse o delegado.
Após o
tiroteio, a policia retirou as vitimas do local e conduziu-os ao Hospital
Geral, prática que é proibida no Brasil. Já sem vida, foram colocados em macas,
onde foram fotografados todos juntos como membros da mesma quadrilha. Também
foram mostradas à imprensa três armas e cerca de 9 quilos de maconha que
estariam nos carros.
A
notícia da morte, colocando Mário e Jeissivan como parte de uma quadrilha de
roubo de cargas gerou revolta nas redes sociais e no YouTube. A comunidade
evangélica da Bahia está pedindo uma investigação do caso, afirmando que
claramente os dois foram confundidos com bandidos.
Na
página do pastor Mario no Facebook, é possível ver dezenas de mensagens como a
do pastor Luciano Vieira: “Lamentável assassinato de homens de Deus e a
tentativa de manipular os fatos. São assassinos cruéis. Profissionais na arte
de tirar a vida e sujar a imagem de pessoas de bem pra esconder suas
barbaridades.”
O
pregador Ronaldo Flauber, foi incisivo “A Polícia deveria assumir seu erro,
dois dos rapazes segundo informações foram tomados como reféns e mesmo assim a
polícia sentou o dedo, um dos jovens crentes que morreram era o Presbítero
Mário Sales, pregador do evangelho viajava o Brasil pregando a Palavra de Deus,
foi assassinado pela polícia baiana, polícia despreparada e criminosa, devem
ser punidos os policiais medíocres e despreparados, não devem estar nas ruas!”.
O pai de
Jeissivan, Ivo da Silva Brito, afirma que o filho trabalhava com ele como
camelô e era evangelista. Jeissivan convivia com vários pastores e era
conhecidos no meio evangélico. Ivo nega que o filho tivesse qualquer
envolvimento com a criminalidade. “O Jeissivan não sabe nem pegar uma arma.
Como dizem que trocou tiro? Nem arma tinha. A arma dele era uma bíblia”,
desabafa.
Claudio
Oliveira acredita que a polícia de Feira de Santana errou “Estão tentando
justificar. Mário Sales tinha acabado de pregar em Feira. Lembro que há 22
horas ele comentou no Facebook que quem estivesse com ele mudaria de vida e
estava cheio de fé”, lembrou o amigo do pastor.
Alguns
fiéis estão pedindo que haja uma mobilização para que o caso seja investigado pela
Comissão de Direitos Humanos da Câmara, presidida pelo pastor Marco Feliciano.
Com informações Tribuna Feirense e Jornal Folha do Estado.
Fonte: AD ALAGOAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário