O
2º vice-presidente da Convenção dos Ministros da Assembleia de Deus em Alagoas
(Comadal), pastor Arnóbio Tavares, foi questionado pela reportagem do portal
alagoano CadaMinuto sobre a celeuma que se configurou em torno do pastor,
deputado federal e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da
Câmara, Marco Feliciano (PSC). O líder da Assembleia de Deus em Rio Largo
comentou sobre as declarações do parlamentar e reafirmou que defende os
princípios cristãos. Confira, abaixo, a reportagem completa, publicada neste
sábado (27).
Em
meio à polêmica envolvendo o pastor Marco Feliciano, presidente da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara, empossado em março de 2013, a reportagem
do CadaMinuto conversou com o vice-presidente da Assembléia de Deus de Alagoas,
pastor Arnóbio Tavares, para saber qual o posicionamento da igreja em relação
as declarações de Marco Feliciano, deputado eleito para a presidência da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal. Feliciano, pastor da
Assembleia, é acusado de racismo, homofobia e misoginia.
“Essa
questão é de ordem espiritual, obviamente as pessoas que não são espirituais
não vão entender as declarações. Feliciano não está defendendo uma linha
religiosa, mas sim um padrão moral bíblico e que é de Deus.”, afirmou o pastor.
Sobre
a união homoafetiva, o pastor Arnóbio disse que as leis civis favoráveis à
união homossexual são contrárias à palavra de Deus. “Hoje todas as pessoas que
abraçam a lei de Deus e a bíblia são discriminados e, em algumas situações,
marginalizadas. Os cristãos estão sendo perseguidos por acreditar e defender a
verdade divina. Marco Feliciano está certíssimo”, opinou ele.
Ao
defender as declarações de Feliciano, o Pastor Arnóbio explica que não se trata
de defender o deputado Feliciano, mas as verdades que ele traz e a justiça
divina. “Transmitir o que Deus diz não é homofobia, mas sim agir de forma
nociva com alguém”, disse. Em relação às afirmações de Feliciano sobre as
pessoas negras serem amaldiçoadas, o pastor disse que Feliciano foi infeliz na
sua colocação e ressaltou que a questão da cor difere da maldição, afirmou,
relembrando o episódio bíblico entre Noé, seu filho Cam e conclusões de
pesquisadores em relação à descendência africana e maldição.
Sobre
movimentos ativistas, o pastor criticou a forma como a sociedade lida com as
situações de protesto. “Existem situações em que as pessoas saem seminuas nas
ruas e ninguém pode falar nada porque senão vai ser considerada homofobia, mas
se, por alguma razão, heterossexuais saírem nas ruas seminus é provável que
sejam julgados por atentado ao pudor”.
Sobre
o posicionamento de Feliciano em relação às mulheres, Feliciano diz que a
igualdade trabalhista entre homens e mulheres atinge a família. De acordo com o
deputado, se a mulher é estimulada a trabalhar ou ela vai deixar o papel de ser
mãe e evitar casamento ou vai se envolver com uma pessoa do mesmo sexo.
Questionado
sobre o papel que a Igreja tem diante das questões apontadas pelo deputado
Marco Feliciano, o pastor Arnóbio destacou a importância e a força da
instituição e foi enfático ao dizer que o papel da Igreja é orar destacando a
importância e força da instituição Igreja.
Mamonas
Assassinas e John Lennon
Em
declarações polêmicas, Marco Feliciano foi alvo de protesto por declarar que o
acidente de avião que resultou na morte do grupo Mamonas Assassinas aconteceu
porque o vocalista Dinho vendeu sua alma ao diabo, enquanto a morte do John
Lennon aconteceu pelo cantor ter afrontado Deus.
Sobre
o posicionamento de Feliciano, o pastor Arnóbio informou que jamais poderia
afirmar em sã consciência que foi vingança divina, exceto por revelação de
Deus.
Fonte:
CadaMinuto
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