Atentado na Argélia termina com morte dos 32 terroristas


Em Argel, manifestantes Islâmicos entram em confronto com forças de segurança durante protesto contra a decisão do presidente Abdelaziz Bouteflika permitindo que caças franceses possam voar no espaço aéreo argelino Segundo o Ministério do Interior, 23 reféns também perderam a vida no ataque
Após três dias de conflito sangrento, o exército argelino conseguiu por fim ao sequestro de funcionários do campo de exploração de gás In Amenas, no norte do país. A ofensiva deste sábado matou todos os 32 terroristas do grupo islâmico Batalhão de Sangue que participaram do atentado. Segundo o nota do Ministério do Interior do país africano, três dos terroristas eram argelinos e os demais ainda não tiveram nacionalidade confirmada.

A nota oficial define melhor os contornos do episódio. Desde que o atentado começou, na quarta-feira, circularam informações conflitantes sobre o número de reféns, o número de terroristas - e sobretudo o número de mortos resultantes das tentativas de salvamento. Segundo a autoridade argelina, 685 trabalhadores locais e 107 estrangeiros foram libertados. Todos os 32 terroristas foram mortos - mas 23 reféns também perderam a vida.

O primeiro lance da tragédia foi o ataque a um ônibus que transportava dezenove funcionários estrangeiros que trabalhavam no complexo de exploração de gás gerido pelas empresas Statoil, British Petroleum (BP) e Sonatrach. Segundo o documento, dois funcionários morreram (um argelino e um britânico) e seis ficaram feridos (quatro argelinos, um britânico e um norueguês) durante o ataque ao ônibus. A rede americana de televisão CNN afirma, citando autoridades argelinas, que o ataque terrorista foi retaliação pelo fato de a França ter utilizado o espaço aéreo do país africano para executar sua ofensiva contra militantes islâmicos no Mali.

O texto diz ainda que os terroristas conseguiram escapar e chegar ao alojamento dos funcionários, que ficava a três quilômetros do local do sequestro ao ônibus. Segundo a nota, a ofensiva levada a cabo neste sábado foi necessária para "neutralizar a ameaça que punha em perigo centenas de vidas humanas e o potencial econômico do país".

O Ministério afirmou ainda que os terroristas tinham a intenção de fugir do país com alguns reféns e explodir as instalações do campo de gás. Os oficiais que participaram da operação final afirmaram ter encontrado minas, explosivos, granadas, fusis e metralhadoras no local.

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